A equipa SHCity avança com a definição dos espaços a monitorizar em Ávila
A reunião de trabalho, realizada em Lisboa nos dias 6 e 7 de Fevereiro, serviu para a equipa SHCity definir quais os espaços a monitorizar na cidade de Ávila, com o objetivo de criar uma solução tecnologia de código aberto, que permita melhorar a gestão, conservação e dinamização turística do património histórico na Europa.
O projeto SHCity começou em julho de 2016, como um projeto de cooperação transnacional, que envolve uma equipa multidisciplinar de profissionais de Espanha, França e Portugal.
O projeto, que tem Ávila como cidade piloto, desenvolve-se no âmbito do programa europeu Interreg V Sudoe, com o apoio do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).
Investigadores e técnicos da Fundação Santa Maria la Real do Património Histórico, Instituto Tecnológico AIDIMME, Centro de Tecnologia CARTIF, da Faculdade de Ciências e tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa, NOBATEK, TECNALIA e a Câmara de Ávila juntaram-se na capital portuguesa para avançar no desenvolvimento do projeto SHCity, que partilhará experiência e conhecimento adquiridos na gestão inteligente de monumentos ou edifícios isolados em espaços culturais ou conjuntos de monumentos.
Como? Através do desenvolvimento de duas aplicações diferentes testadas na cidade piloto, Ávila. Por um lado, um sistema de gestão (SHCity-Gestor) que integrará os dados recolhidos por redes de sensores implementados na área urbana e os adicionará a outras fontes de informação já existentes. A aplicação transformará os dados em informação útil que facilitará o trabalho dos gestores, melhorando o diagnóstico e a tomada de decisões, mediante um conhecimento mais preciso dos edifícios e da área envolta, incidindo em outros aspetos como a eficiência energética ou o fluxo de visitantes.
Por outro lado, mediante o desenho da aplicação (SHCity-Turista), destinada a turistas, que aproveitará a informação adquirida pelos sistemas de monitorização e dar-lhe-á um enfoque mais informativo, orientado para a consciencialização dos visitantes e da sociedade em geral sobre a importância de preservar adequadamente o património.
Quais os espaços a monitorizar?
A reunião em Lisboa permitiu definir e especificar como será levada a cabo a monitorização da cidade de Ávila. Acordou-se, por exemplo, a instalação de dispositivos que sirvam para controlar o fluxo de visitantes e de veículos, nos acessos da muralha e estudar-se-á a possibilidade de colocar um sensor de altura.
No local arqueológico dos Curtumes, como complemento à intervenção que atualmente aproximou a Câmara e a cidade, instalar-se-ão sistemas que reforcem a segurança.
A solução tecnológica será implementada em edifícios quer dentro quer fora da muralha abrangendo, assim, diferentes espaços do conjunto declarado Património Mundial. Por agora, foi aprovada a monitorização do mosteiro de Santo Tomás e a igreja de San Segundo, ambos fora da muralha.
Durante este mês acontecerá uma visita à cidade de Ávila para acabar de definir as diversas opções de monitorização, que permitirão registrar os parâmetros ambientais e estruturais, para analisar o estado de conservação de diferentes edifícios históricos, medir o consumo elétrico em alguns espaços, melhorar a iluminação noutros ou determinar se a madeira está exposta a ataques de agentes xilófagos como térmitas, carunchos ou fungos.
Porquê Ávila?
Ávila foi a cidade escolhida para a implementação e validação do projeto, uma vez que é uma cidade declarada Património da Humanidade pela UNESCO, o que faz com que seja o lugar ideal para implementar uma ferramenta específica de gestão do espaço. Por outro lado, Ávila aposta há vários anos no património como recurso turístico e motor de desenvolvimento, integrando a Rede Espanhola de Cidades Inteligentes e monitorizando alguns edifícios como a muralha ou a catedral, o que facilitará a implementação deste novo projeto.
Depois de uma primeira reunião na cidade, em setembro de 2016, que serviu para reunir com técnicos municipais e analisar as necessidades reais de conservação dos monumentos. Nos últimos meses tem-se trabalhado na mesma linha e definiram-se os requisitos do sistema de controlo, que serão flexíveis e, ao mesmo tempo, completamente adaptados ao interesse histórico local.
O desenvolvimento do projeto SHCity será concluído em 2018 e envolverá um investimento de 1,194,333 euros do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), o programa europeu Interreg V Sudoe.
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Smart Heritage City (SHCity) é um projeto de cooperação transnacional destinado a gerar uma solução tecnológica que irá melhorar a revitalização, conservação e gestão turística dos centros históricos na Europa. O seu desenvolvimento é financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), programa europeu Interreg V Sudoe, e é realizado por uma equipa multidisciplinar de profissionais da Fundação Santa María la Real do Património Histórico, o consórcio Instituto Tecnológico AIDIMME, Centro Tecnológico CARTIF, Faculdade de Ciências e tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa, NOBATEK, TECNALIA e da cidade de Ávila.
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Para mais informação www.shcity.eu